1 de agosto de 2015

O que Deus quer me ensinar, hoje?



"Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal. E nasceram-lhe sete filhos e três filhas. E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente." Jó 1:1-3


Você com certeza já deve ter ouvido a história de Jó, como uma história de paciência e fidelidade a Deus. Podemos aprender que Deus determina planos e nada pode frustra-lhe. Deus desejava que Jó o conhecesse profundamente e, para isso, ele foi provado. Deus reconhece os seus servos, aqueles que o amam e temem, e os honra diante do inimigo.

Mas nessa história, Jó teve a companhia de sua esposa também. E a vida dela também nos ensina.
Ela tinha uma grande família unida e amorosa. Seu marido era bem sucedido e era um homem reto, temente a Deus e que se desviava do mal. De repente surgiram muitas más notícias, uma atrás da outra, as propriedades, gado e terras de seu marido haviam sido destruídos, os filhos e filhas haviam morrido, num dia só e depois seu marido adoeceu terrivelmente.
"Então saiu Satanás da presença do Senhor, e feriu a Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. E Jó tomou um caco para se raspar com ele; e estava assentado no meio da cinza. Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre." Jó 2:7-9
Imagina o que é perder tudo e ainda ver seu marido terrivelmente doente, com a possibilidade de, ainda por cima de tanta perda, ficar viúva, essa mulher ficou transtornada e disse a Jó: "Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre" (versão Revista e Atualizada).
Quando eu penso na esposa de Jó, eu lembro de mim, e na minha capacidade de entrar em desespero por se sentir na pior, por se ver por um fio, por não confiar totalmente em Deus. Quantos de nós não somos pessoas que achamos que Deus não nos vê no desespero, ou que ele permitiu o "pior" para as nossas vidas. Muitas vezes confiamos demais no que temos ou mesmo criamos uma dependência delas..., dinheiro, emprego, família... mas Jó já sabia que tudo isso pertencia a Deus "Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor." (Jó 1:21) 
Deus silenciou por muito tempo. E então falou e Jó entendeu a respeito de Deus de forma ainda mais profunda. Essa ação de Deus impactou a Jó. E Deus restaurou tudo, com muito mais do que ele tinha anteriormente. Deu a sua esposa outros filhos e ela viu Deus restaurando tudo.
"E assim abençoou o Senhor o último estado de Jó, mais do que o primeiro; pois teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas. Também teve sete filhos e três filhas." (Jó 42:12,13)
"E depois disto viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos, e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração. Então morreu Jó, velho e farto de dias." (Jó 42:16,17)
Deus operou maravilhas na vida de Jó e nas pessoas que estavam ao seu redor. E eles puderam ver através da história dele, a misericórdia, soberania, o poder e a graça de Deus.

O que podemos aprender com ela?

O que podemos aprender com esta mulher que blasfemou contra Deus e falou palavras duras ao seu marido? Que Deus é grande em misericórdia e poder. Mesmo quando falhamos ele ainda assim pode restaurar a nossa sorte. Que mais do que mudar nossas circunstâncias ele quer mudar o nosso coração. Podemos aprender a meditar sobre: o que Deus quer me ensinar?
Devemos entender que tudo vem de Deus. Devemos entender que ele controla todas as coisas. Devemos entender que ele tem um propósito na nossa história. Não devemos nos apoiar na nossa inteligência, status, posses, nos nossos relacionamentos. Devemos confiar nEle.
Mesmo não entendendo as circunstâncias devemos confiar em Deus e buscar a sua face. O melhor que podemos ter nessa vida é a presença de Deus, conhecer a Deus e experimentar dele. Esse é o maior interesse de Deus, que tenhamos o melhor e suficiente, a sua presença.